quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Depois da tempestade...mais tempestade???



Pois é, tenho escrito muito pouco (o que deixará os meus leitores, 2 ou 3 resistentes, assaz satisfeitos), mas ando pouco inspirada ultimamente. Não sei se o excesso de assuntos que, aperentemente existem no nosso país não será afinal um balão, que, embora o seu aspecto redondinho e colorido, quando rebentado deixa apenas ar e aquele incómodo BUM no ouvido.

Nem vale a pena queixar-mo-nos porque está TUDO mal. E não digo isto numa prespectiva pessimista mas sim com a tranquilidade própria de quem constacta um facto e nada pode fazer para o mudar.

A saúde vai mal, agora lá conseguiram calar umas vozes com a manobra de diversão de trocar o ministro da saúde. Não que a nova ministra vá alterar alguma das politicas anteriormente estipuladas mas como é uma cara nova, as pessoas ainda fazem cerimónia e durante uns tempos ficam sossegadas.

Barraca nova, a Educação, eu tenho 27 anos e acho que a Educação neste país já não é boa há muito tempo, se é que alguma vez o foi. O nível de avaliação dos alunos é feito pelo pior aluno da turma, conclusão, temos alunos com muito boas notas que, de facto, pouco ou nada sabem. E não vale a pena dizerem-me que, "Ah mas nos colégios isso não acontece..." porque eu, por exemplo trabalho com um fulano licenciado e que estudou num colégio até ao 12º ano e que diz coisas como "vaiamos", "deve de ser..." e outras calinadas que...enfim, não são sinónimo de pouca educação mas sim de ausência quase total dela.

A avaliação dos professores é outra, eu, num acesso de insanidade semelhante em tudo ao que o governo teve quando propôs essa lei, proponho uma comissão de avaliação dos avaliadores dos docentes...francamente! Estará tudo doido??

Os professores devem é estar na escola das 8 às 17 ou 18 como em qualquer outra profissão, disponíveis para tirar dúvidas aos alunos e ajudá-los no que precisem, a preparar aulas e outras coisas que os professores fazem, porque há professores que põe os pézinhos na escola única e exclusivamente para dar aulas e depois piram-se... mas avaliá-los não melhora esta situação nem optimiza as suas prestações, nem sequer permite identificar os melhores professores mas sim aqueles que "fazem o que o estado quer".

Continua a haver um desemprego desenfreado...as condições de trabalho são cada vez mais precárias e más, os ordenados, em vez de acompanharem a inflacção...descem de ano para ano...enfim... não vale a pena fazer queixinhas... mas também não há nada que possamos fazer para mudar isto. (Aceitam-se sugestões)

Depois da tempestade diz que vem a bonança... mas com as alterações climáticas até este ditado tem que ser mudado... aparentemente perdeu o seu sentido.

6 comentários:

Mário disse...

Gostei, querida Sobrinha
Mesmo não partilhando o que poderia considerar pessimismo em relação ao futuro, não posso deixar de constatar que tens razão quanto ao rpesente.
Mas há excepções - e são essas que me fazem diferir de ti quanto aos dias de bonança que se seguirão à tempestade - e não podia ter no que escreves e na maneira como o fazes e como intervens melhos exemplo para o meu incorrigível optimismo.

Beijinhos azuis

CVD disse...

É verdade tio, se calhar devia ser mais optimista mas o meu lema costuma ser "hopping for the best, but allways expecting the worst"... e under the circunstances não tenho tido grande alternativa.... Deu-me a fúria no dia em que escrevi isto...foi um desabafo... adorava que as coisas melhorassem mas de facto há dias em que é muito difícil acreditar que existe um sol para lá das nuvens...

CVD disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JGVD disse...

Gostei! Se te candidatares tens o meu voto!. Beijinhos

amcvd disse...

Sim senhora...muito boa escrita,e concordo com o nosso mano se te candidatares eu voto!!! loool
beijinhos

MPS disse...

Ora, então, minha querida, agarra-te ao teclado e começa a corrigir:

- "propos" (os derivados de pôr não são acentuados);
- "que põem os pezinhos" (os derivados de pôr não são acentuados, mas o próprio é-o; pezinhos não precisa de acento, porque o -z- já é bastante para abrir a vogal);
- inflação (basta-lhe um -c- para ser chata quanto baste).

Minha querida, se souberes dizer qual a arrecadação, vão de escada, sombra de árvore (se existir alguma), ou qualquer outra exiguidade disponível em que os professores, na escola, podem acomodar-se para receber os seus alunos, preparar as suas aulas, corrigir os trabalhos que recolhem, os professores e suas famílias agradecem que os informes. Para seu sossego, poupança e felicidade familiar.

Um beijo